Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou que o atentado ao candidato à Presidência, Jair Bolsonaro (PSL), na última quinta-feira (6), “materializa” temor de que intolerância afete a governabilidade e pode ter a legitimidade questionada por candidatos opositores ao vencedor do pleito.
Ainda na entrevista, o general disse que esse gesto “é a materialização das preocupações que a gente estava antevendo de todo esse acirramento dessas divergências, que saíram do nível político e já passaram para nível comportamental das pessoas”.
O militar foi questionado, também, sobre uma possível aprovação da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e em caso de uma eventual vitória nas urnas do petista.
“Nós somos instituição de Estado que serve ao povo. Não se trata de prestar continência para A ou B. Mas, sim, de cumprir as prerrogativas estabelecidas a quem é eleito presidente. Não há hipótese de o Exército provocar uma quebra de ordem institucional. Não se trata de fulanizar”, completou o general.
