Por Raul Aguilar , Jornal A Tarde
A crítica pública de lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) influenciou no afastamento de Guilherme Bellintani, presidente do Esporte Clube Bahia, da sigla. Essa é a avaliação do líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), que participou ontem do programa ‘Isso é Bahia’, da rádio A TARDE FM, e foi entrevistado pelo jornal A TARDE.
Defensor de primeira hora da candidatura do atual mandatário do Bahia à prefeitura de Salvador pelo PT, Rosemberg criticou o que classificou como ‘comentários inibidores’ de lideranças do partido. “Como é que eu quero trazer alguém para o partido e eu já começo dizendo que ele tem que participar de uma eleição interna com a militância que ele nunca viu, nunca conheceu; ou seja, isso é muito mais inibidor do que um atrativo para alguém vir para o PT”, afirmou o líder.
No final de dezembro, Bellintani descartou disputar o pleito municipal em 2020, o que fez a atenção de Rosemberg se voltar para uma solução caseira, defendendo que o nome da sigla para 2020 seja do atual secretário de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e deputado federal licenciado, Nelson Pelegrino. “O nome do PT para Salvador será o nome escolhido pelo diretório municipal, mas, se pedirem minha opinião, diria que o nome mais palpável e histórico de nosso partido seria o de Nelson Pelegrino, que tem musculatura e capacidade”, opina o deputado.
Candidatura negra
Sobre o movimento interno crescente que exige uma candidatura negra à prefeitura de Salvador por parte do Partido dos Trabalhadores, Rosemberg disse que o pedido é legítimo, mas pontuou que não é a cor que deve fundamentar a candidatura. “Qualquer candidatura do PT, seja ela de pele branca ou negra, cumprirá todas essas tarefas, eu acho que quando a gente diz eu quero um branco ou um negro, na minha opinião, isso reduz ao invés de ampliar. Eu quero, independentemente de ser branco ou ser negro, alguém que tenha a concepção de que somos todos iguais, independentemente da cor, do credo e da opção sexual. E na minha opinião, tanto Vilma Reis quanto Nelson Pelegrino, tanto Moisés Rocha quanto Robinson Almeida, pensam de uma forma igual em relação a essas questões”, afirmou.
O deputado avaliou ainda que Bruno Reis, pré-candidato pelo Democratas, deve chegar ao segundo turno, mas não acredita que o político seja favorito ao cargo.
