Por Correio24horas
Não vai ter cebola, tomate, batatas e afins na mesa do soterpolitano neste final de semana. Pelo menos é o que estima o presidente dos permissionários do Centro de Abastecimento (Ceasa) de Simões Filho, Egnaldo Nascimento. Isso porque o Ceasa não está sendo abastecido desde a última segunda-feira (21), já que os caminhões que deveriam fazer as entregas de mercadorias não conseguiram chegar no local.
Há cerca de 800 permissionários no local. “Não chegou mercadoria hoje novamente. Tem cerca de 100 caminhões bloqueando o acesso à Ceasa de Simões Filho. Está faltando tudo. Hoje estamos 100% vazios e no fim de semana Salvador estará desabastecida de produtos agrícolas. Essa mercadoria que está na estrada já se perdeu. Quando chegar não teremos condição de vender”, explica Edgnaldo.
Ele esclarece ainda que, caso os bloqueios dos caminhoneiros seja encerrado hoje, a situação só deverá ser normalizada no meio da próxima semana. “A situação de abastecimento só estará normalizada na quarta-feira caso a greve acabe hoje. Precisamos de cinco dias para normnalizar tudo”, argumenta.
A Ceasa tem um volume de negócios na ordem de R$ 1,4 bilhões ao ano, com a comercialização média de 600 mil toneladas de alimentos para a Bahia e estados vizinhos. A Ceasa é responsável por mais de 20 mil empregos diretos e indiretos e tem cerca de 500 mil metros quadrados, divididos em 14 galpões.
Preço alto, movimento baixo
De acordo com o superintendente de mercado da Ceasa, Eugênio Martins, só na última quarta (23), o movimento do centro comercial caiu em 50%. “Nesta quinta, a tendência é que o movimento caia até 80%”, informou ele.
A Ceasa recebe, por semana, pelo menos mil caminhões com produtos. Ainda segundo Martins, cerca de 80% das mercadorias transportadas nesses veículos vêm do próprio estado da Bahia, de regiões como Juazeiro, Itaberaba e Bom Jesus da Lapa.
Por mês, a Ceasa movimenta mais de R$ 120 milhões. Mais de oito mil pessoas vão ao local por dia.
A falta de abastecimento pode gerar falta de alimentos em mercados de pequeno porte e grande porte, conforme o superintendente. “Mercados como Atacadão e Atakarejo também vão ser afetados”, comentou.
Confira algumas diferenças de preços na central de abastecimento:
-
Batata: de R$ 150 para R$ 450
-
Cebola: de R$ 50 pra R$ 560
-
Cenoura: de R$ 35 para R$ 70
-
Maracujá: de R$ 25 para R$ 50
-
Tomate: de R$ 60 para R$ 100