A protagonista do nosso quadro “Talento Gospel” vem do Vale das Pedrinhas e é sucesso pelo Brasil e no mundo.
Não é novidade que o Nordeste de Amaralina é um complexo de bairros que esconde muitos talentos e é considerado um berço de grandes artistas. Daqui temos poetas, escritores, dançarinos, cantores e tantos outros. Na música não poderia ser diferente, independente do estilo, lá estão eles brilhando. Dentre esses, temos a cantora e compositora gospel, Patrícia Pinheiro, a “cantora das multidões” e protagonista do nosso “Talento Gospel” .
Aos cinco anos, ainda na infância, já tinha uma forte inclinação para a música. Costumava cantar em festa de aniversários, participava de pequenos concursos:
“Venci um concurso e como premiação ganhei uma boneca”, relembra. Suas brincadeiras de criança, volta e meia confirmavam o amor pela música: “Meu coração queimava, sentia um amor muito grande pela música. Tinha uma certeza no meu coração que um dia me tornaria uma cantora”, conta.
Aos dez anos de idade, ainda na escola, acabou desenganada pela professora, que irritada durante um exercício de canto ficou muito estressada e se irritou com a jovem Patrícia: “Deixa eu te falar uma coisa, você não nasceu para a música e nem a música para você, esqueça, você não dá para cantar. Vai fazer outra coisa, desenhar, mas esquece a música”, disse a “educadora”. Como não poderia deixar de ser, as palavras abalaram a garotinha:
“Fiquei arrasada, chorei muito, fiquei dias tristes..Eu tinha certeza que eu cantava, mas esqueci a música, deixei de lado e por muitos anos acreditei na fala daquela professora que havia desencorajado”, fala a moradora do Vale das Pedrinhas sobre o episódio traumático.
O tempo passou e Patrícia passou a vivenciar outras experiências. Bebia excessivamente e fumava duas caixas de cigarros por dia. .
“Aos 15 anos eu ouvir a voz de Deus falando comigo: Patrícia não é esse o caminho que escolhi para você. Comecei então a freqüentar a igreja. Aos 21 anos me converti e aos 22 anos me batizei”, explica.
Ainda segundo a artista, uma certa vez, ela assistiu um vídeo de pregação, e as falas do pregador ressoou no seu coração:
“Foi transformador aquela pregação, que dizia: o cemitério é o maior celeiro que existe. Isso me intrigou bastante. Quando você deixa de compartilhar sua arte, seu conhecimento, seu talento em alguma área, por medo, vergonha, vidas deixam de ser tocadas e você não chega a plenitude. Esse mesmo pastor, ele fala também que nunca devemos deixar de acreditar em nossos sonhos. É através da música eu quero passar uma mensagem, quero comunicar minha fé, quero falar de Cristo, de um amor que transforma, que liberta. Quero falar de esperança”, salienta.
“Após a minha conversão, a chama pela música voltou a queimar em meu coração e eu comecei a compor músicas. Passei a acreditar nas promessas do Senhor Jesus para a minha vida e fiz as pazes com arte de cantar. Além disso, iniciei cantando durante os evangelismos nas ruas e depois fui para o ministério de louvor da igreja. Comecei a buscar profissionalização no ramo, estudei aula de canto na Ufba e cantei no coral”, completa.
Mal sabia a professora que a menina que ela tinha desencorajado era predestinada a cantar para multidões. Patrícia se apresentou em 2004 em uma viagem missionária em Rosário, na Argentina.
“Deixo essa mensagem de incentivo para aqueles que sonham: que nós não devemos deixar que o outro nós defina. Precisamos acreditar nas promessas do Senhor. Vejo que a promessa de Deus está de pé, e que ainda que as circunstâncias tentem mostrar o contrário, Deus ainda realizar sonhos. Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço uma coisa nova; agora está saindo à luz; porventura não a percebeis? eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo(Isaías 43:18-19) “, diz sobre o seu aprendizado.
A levita tem um desejo ainda a ser alcançado e vem trabalhando para se concretizar. “Estou gravando um EP com seis canções, todas autorais. Mais um sonho a ser alcançado, enquanto isso, as pessoas podem acompanhar minhas lives, meus conteúdos pelas minhas redes sociais”, finaliza a participante da Igreja Batista.
Para acompanhar o trabalho de Patrícia Pinheiro:
@patiafrica16