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“Vaê, bota outra” – Empinar arraia se torna febre durante a pandemia; saiba os cuidados que precisam ser tomados

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Empinar arraia voltou a fazer parte da rotina de crianças, adolescentes e até de adultos em meio ao isolamento social, método que previne a proliferação da covid-19. Essa mudança impactou a vida de fabricantes e revendedores do brinquedo.

Com o isolamento social empinar arraia é uma boa opção para passar o tempo na quarentena, já que a brincadeira pode ser feita da laje da própria casa e sozinho. Adriano, 32 anos encontrou nas arraias uma maneira de aumentar a renda durante a pandemia, morador da Rua Senhor do Bonfim no bairro da Santa Cruz, ele passou a confeccionar arrais e pipas. “Hoje a demanda de vendas estão altas, consigo vender uma arraia por R$ 0,50 e a pipa por R$ 2,00 e ainda tenho a linha que custa R$10,00 consigo fazer uma boa renda com o aumento da procura.

Henrique, 17 anos falou com a gente sobre a brincadeira. “Nesse momento que não podemos estar na rua, é a melhor brincadeira empinar arraia assim a gente pode interagir com nossos amigos mantendo o distanciamento, e de longe a gente já pode ouvir os gritos, – “Vaê, Bota outra Sucupira” não sei da onde vem esse bordão mas é ouço desde criança aqui no Nordeste de Amaralina.

História das Pipas

Estima-se que a primeira pipa do mundo tenha surgido na China, há cerca de 200 anos a.C. Aos poucos, foram levadas para países vizinhos – como Japão e Coréia. No Japão, em meados do século XI, relatos indicam que as pipas eram empregadas pelos militares para levar mensagens secretas aos aliados. Naquele país, os papagaios adquiriram um forte significado religioso e ritualístico.

No Brasil, estudos afirmam que as pipas chegaram aos país pelas mãos dos portugueses na época da colonização. Hoje, elas são conhecidas por diversos nomes, dependendo da região onde é utilizada como brinquedo: arraia (Bahia), cafifa e pipa (Rio de Janeiro), papagaio e pipa (São Paulo), pandorga (Rio Grande do Sul e Santa Catarina), quadrado, tapioca, balde (Nordeste) e maranhão (Maranhão).

Veja as dicas para não transformar a brincadeira em acidente

1 – Não use cerol. Além do risco de machucar, o cerol costuma cortar os fios dos postes, podendo causar falta de energia e acidentes fatais.

2 – Linhas metálicas, como fio de cobre de bobina, e metalizadas. Elas são como condutoras de energia e podem causar choques fatais.

3 – Soltar pipa perto de antenas, fios telefônicos e elétricos pode causar sérios problemas com os vizinhos. Pois uma pipa na fiação pode levar a queda de energia e queimar os aparelhos domésticos.

4 – Caso sua pipa enrosque nos fios, deixe pra lá. Você pode levar um choque se tentar recuperá-la.

5 – O melhor é escolher espaços abertos como praças, campos de futebol, parques e praias para soltar a pipa.

6 – Não jogue objetos na rede de energia elétrica. Além de você correr risco de um acidente grave, isto pode gerar falta de energia elétrica.

7 – Empinar pipa na rua é arriscado. Além de colocar em perigo os motoqueiros, pedestres e ciclistas, existe o perigo dos fios elétricos e do trânsito..

8 – Na presença de relâmpagos, recolha a pipa imediatamente, pois você pode ser atingido por um raio.

9 – Cuidado ao tentar resgatar sua pipa enroscada em árvores próximas aos fios de alta tensão. Você pode levar um choque ou cair da árvore.

10 – Caso alguém esteja levando um choque, para separá-lo use objetos de borracha ou de madeira e nunca objetos de metal ou que estejam molhados.

Jefferson Borges
Jefferson Borges
Publicitário, Ativista Social e Fundador do Portal NORDESTeuSOU.

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