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Vida do Talento do Nordeste de Amaralina, Monique Evelle é contada em Os Originais, da Netflix

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Aos três anos, ela escreveu seu nome. Com cinco, já lia e escrevia. Aos oito, ganhou da mãe um livro que contava a história de uma professora e descobriu um dos seus propósitos: ensinar. Com dez anos, Monique Evelle, 24 anos, já ajudava crianças do Nordeste de Amaralina, bairro onde nasceu e cresceu, em Salvador, a ler e escrever. Aos 16, criou a ONG Desabafo Social para ajudar moradores da comunidade a tirar seus sonhos do papel. Nem fazia ideia que aquilo era empreender.

“O que a gente chama hoje de empreendedorismo a periferia sempre chamou de sobrevivência”, afirma a empreendedora e ativista baiana, que hoje gere diferentes negócios sociais como a Desabafo Social, impactando milhares de pessoas pelo país. Carregando as causas de raça e gênero consigo, Monique é considerada uma das novas vozes do feminismo negro do Brasil. Ela também é dona da Evelle Consultoria, empresa de curadoria, consultoria e gestão de imagem pessoal e já foi reconhecida pela revista Forbes como uma das 30 jovens que estão fazendo a diferença no mundo.

Sua história de resistência, luta e uma dose de empreendedorismo é uma fonte de inspiração para muitas pessoas. A vida dela é tão surpreendente que já foi retratada em um episódio da série Os Originais, da Netflix, lançada em 20 de novembro deste ano. Com três episódios – dois já disponíveis – a produção criada pela agência AKQA, especializada em produtos digitais, e dirigida por Douglas Bernardt, foi feita exclusivamente paras as redes sociais da plataforma de streaming.

Assista ao minidoc:

No fim do episódio, é possível conhecer outros grandes exemplos de personalidades negras, todas com documentários na Netflix. A primeira é Nina Simone, cantora negra que nasceu nos Estados Unidos e lutou no movimento pelosdireitos civis. A artista, que influenciou cantores de todo o espectro musical – de Bono a John Lennon, de Kanye West a Antony and the Johnsons, passando por Christina Aguilera – morreu em 21 de abril de 2003.

Outro exemplo é Quincy Jones, de 85 anos, lendário produtor musical americano que trabalhou no álbum mais vendido de Michael Jackson, Thriller, de 1982. Por fim, o episódio apresenta Dr. Dre, rapper americano que foi figura de destaque na efervescente cena cultural dos anos 1980 e 1990.

Em postagem no Facebook, Monique comentou sobre sua participação no projeto. “Sobre as dores, lembrei das vezes que cada colega que morava na minha rua falava do meu cabelo, mesmo eu pedindo para parar. Das vezes que me chamavam de metida porque ao invés de brincar de segunda à sexta na rua, estava estudando. Lembrei também do dia que errei num trabalho específico e me disseram que não adiantava nada continuar empreendendo. Ali, eu realmente parei e cheguei a duvidar do meu trabalho. Não pelo erro, porque empreender é isso também, mas como as palavras têm o poder de nos paralisar. Foi por pouco. Mas estou aqui“, afirma.

Em nota, a Netflix afirma que “Originais são aqueles que quebram estereótipos, escrevem suas próprias histórias, autênticas e inspiradoras“.

O segundo episódio, lançado no último dia 19, traz a história de Dackson Mikael, jovem de Teresina, no Piauí, que desde de 2015 se transforma na drag queen Chandelly Kidman para alegrar crianças com câncer no Hospital São Marcos. “Eu não sei de onde veio tanta força para querer ser bicha aqui no nordeste”, diz.

 

Matéria Completa no Site do Correio24horas, clique aqui e confira.

 

Redação NES
Redação NES
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