Oi, pessoal. Me chamo Lorena, tenho 25 anos e moro na Chapada do Rio Vermelho. Minha história de amor é um tanto inesperada. Eu estava em um relacionamento sério há mais de 6 anos. Tinha planos de casar, ter filhos, construir uma vida a dois. Mas o destino resolveu bagunçar tudo — no melhor sentido.
Há cerca de 7 meses comecei a trabalhar à noite em um Call Center. Sempre foi complicado depender de transporte público nesse horário — ônibus atrasado, pontos escuros, medo. Como eu vivia pedindo comida no plantão, acabei conhecendo quem eu nem imaginava que mudaria minha vida.
Ele se chama “Bruno” (nome fictício). Entregador de iFood, morador do Nordeste de Amaralina, super focado, educado e pontual. Ele sempre entregava meu lanche com um sorriso discreto, mesmo nas madrugadas mais puxadas. A gente mal trocava algumas palavras, mas eu já sentia uma leveza na presença dele.
Numa dessas noites, começou a chover forte bem na hora que ele chegou. Eu fui lá fora buscar o pedido, sem guarda-chuva, acabei completamente encharcada. Ele, com toda calma, tirou a jaqueta impermeável e me entregou, sem nem pensar duas vezes. Eu tremia de frio, e ele se aproximou, me abraçou para tentar me aquecer. Naquele momento, algo em mim despertou.
Depois disso, a gente começou a conversar mais, sempre que ele passava por lá. Um dia, ele me mandou mensagem perguntando se eu queria comer algo com ele depois do trabalho. Topei. Fomos até um trailer no Vale das Pedrinhas, comemos um dogão e ficamos horas ali, falando da vida, dos sonhos, das dificuldades. Me senti leve como há tempos não me sentia. No final, ele me beijou. Um beijo calmo, seguro, cheio de sentimento.
Começamos a nos encontrar com frequência. No início, ele era meu segredo. Mas o coração não aguenta viver escondido por muito tempo. Depois da nossa primeira noite juntos, percebi que estava completamente envolvida.
Quatro meses depois, criei coragem, terminei meu relacionamento e assumi meu namoro com o Bruno. Ele só tem 18 anos, mas tem sido um companheiro que muita gente mais velha não conseguiria ser. E agora… estou grávida.
A vida dá voltas e muda todos os planos. Mas eu acredito que tudo tem um propósito. Sou grata por ter conhecido esse menino-homem lá do Nordeste de Amaralina, que chegou com uma mochila nas costas e um coração gigante.
Obrigada ao NES por abrir esse espaço onde pude contar minha história. Às vezes, o amor chega de moto, com uma entrega simples… e muda a nossa vida inteira.
