Internado em uma clínica de reabilitação desde o início de outubro, o cantor Xexéu foi batizado na tarde deste sábado (14) por uma igreja evangélica. Igor Manassés da instituição Social Manassés clinica onde o cantor está internado, comemorou em sua rede social o batismo do cantor.
“Deus faz a obra por completo. Hoje foi o batismo do Xexeu, onde ele aceitou Jesus como seu único Salvador, sabemos que é o início de uma nova vida, com muitos desafios, mas também com muitas vitórias, pois agora ele sabe o caminho e em quem confiar, que é Jesus Cristo. ” disse Igor em seu perfil no instagram.
Assista:
Acompanhamento
Antes de ser internado, acompanhamos um pouco da rotina de Alfredo Santos Cerqueira Filho, o Xéxeu, em sua casa no Nordeste de Amaralina, periferia de Salvador. Lá, ele falou sobre o problema com drogas e a decisão de retomar a carreira de cantor.
Ele e sua mãe, Onorina Oliveira Sales, 66, receberam nossa equipe na modesta residência que fica na Rua do Leste, por vota das 10h. Prepostos do Instituição Manassés, centro de tratamento para dependentes químicos, também chegaram no mesmo momento.
Visivelmente abatido por conta das medicações que toma para controlar a ansiedade, Xexéu falou sobre a repercussão do vídeo, que o CORREIO optou por não publicar.
“Por um lado foi bom porque trouxe ajuda, mas por outro foi uma falta de respeito ao ser humano, deixando a imagem do artista exposta, mexendo também com toda a família”, afirmou o cantor, que tem dois filhos, um de 26 e outro 24 anos de idade.
Xéxeu disse que o sucesso e a ausência do pai, que morreu quando ele tinha 8 anos, foram algumas das circunstâncias que o levaram a usar drogas.
“Não foi só a fama. Perdi meu pai muito novo. Isso mexeu muito comigo. Não tive quem pudesse cuidar da minha carreira, para poder me dar um direcionamento, e a gente termina experimentando”, declarou, mas sem tirar a própria responsabilidade.
“Não posso culpar ninguém, foi uma vontade própria. Ninguém lhe obriga a usar droga e experimentei. Mas não sabia que o meu organismo era predisposto e, quando fui ver, já tinha virando um indigente. Daí foi a minha primeira internação”, relatou o artista, que já se internou três vezes – a última há quase um ano.