“A casa caiu. A farsa acabou”, diz uma famosa música do arrocha baiano. A canção serve facilmente para ilustrar a obra de intervenção na orla de Amaralina, marcada sobretudo pela “maquiagem”. Com as fortes chuvas que caem em Salvador desde a última segunda-feira (2), alguns dos problemas da referida obra acabaram expostas.
O principal alvo de questionamento é relativo ao acabamento da obra. Se por um lado o calçadão foi requalificado, a parte da praia foi alvo de descaso. Restos de entulhos e cascalhos foram largados na areia da praia. Três meses após a entrega da obra, os pedregulhos continuam em diversos pontos da praia.
Uma reportagem do NES, publicada no dia 11 de setembro, questionava sobre os referidos problemas de acabamento na obra de requalificação da orla de Amaralina. Ainda segundo a reportagem, a precipitada entrega do primeiro trecho da obra, no dia 6 de agosto, teria sido motivada apenas por interesses eleitoreiros, uma vez, que o prazo para que Bruno Reis se afastasse da gestão municipal, para participar da eleição, expiraria no dia 14 de agosto.
Questionada na ocasião, a prefeitura, através da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), afirmou “que não existiam serviços pendentes no trecho entregue no início do mês de agosto”. No entanto, passado dois meses e os tratores e as intervenções foram retomadas no local, como podemos ver nas fotos abaixo.
Com investimentos de R$ 38,8 milhões, a obra caso deveria ser apreciada com carinho pelo Ministério Público do Estado.
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