O desfile dos blocos de Samba Junino foi um espetáculo à parte no Arraiá do NES, que aconteceu neste sábado (28), no final de linha do Nordeste de Amaralina.
A fusão da batida do samba com o autêntico ritmo nordestino reviveu a tradição dos arrastões que marcaram os quatro cantos do bairro nas décadas de 1980 e 1990.
O som do repique, do tamborim e da marcação embalou a multidão que acompanhou os blocos até o trio elétrico, onde os grupos se apresentaram relembrando os antigos ensaios que ocorriam no Nordeste, Santa Cruz, Vale das Pedrinhas e Chapada.
“Levou muito tempo para conquistarmos um espaço como este. O Samba Junino, que tem raízes africanas, é resistência — nunca deixou a chama se apagar. Todos os grupos, com muita luta, conseguiram mantê-la acesa. E com o reforço do NET, um grupo importante aqui do bairro, essa chama só se fortalece, reafirmando a importância do Samba Junino no Nordeste de Amaralina”, destacou o presidente do Samba Brilho, Hugo Nunes.
Representante da nova geração de grupos de Samba Junino, Preto Du destacou a importância do evento para o resgate do movimento:
“Ficamos dois anos parados. Saímos no ano passado, e este agora é o segundo ano. A intenção é resgatar essa galera que sempre participou: Samba Santa, Samba Brilho, Unidos do Capim… todos os sambas aqui do Nordeste. Muito obrigado ao NES, que, junto com todos os parceiros, através dessa iniciativa, conseguiu trazer de volta essa tradição tão bonita. É o primeiro ano de muitos, com fé em Deus!”
“Sim, amei! Está tudo muito lindo. Acompanhei o arrastão, que está realmente maravilhoso!
Parabéns ao NES, que está valorizando essa expressão tão importante da nossa cultura. O Samba Junino faz parte da nossa identidade, é algo que a gente precisa manter vivo.
Não pode sair da nossa raiz. Isso aqui já é um verdadeiro sucesso!”, disse a cuidadora de idosos Angela Maria, de 45 anos.
