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[Coluna NES] Selva de Pedra

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Por Betho Wilson

Fala meu povo, está todo mundo lindão nesse final de semana com saúde e sorrindo para o mundo? Espero que sim. Dinheiro tá difícil, mas sorrir ainda é de graça.

Ontem, assisti uma matéria sobre o mundo animal e lembrei de vários amigos, (fora de brincadeira RS) não que eu esteja comparando minha rapaziada aos bichos da selva e mata, não daria um fora desse com os bichinhos, mas a verdade é que fiquei intrigado com uma condição que reparei na maioria dos filhotes de mamíferos recém-nascidos no meio daquele território hostil.

Notei que ao nascer eles já saiam pulando trôpegos, mas tentando se firmar nas pernas que pela primeira vez pisava o chão, eles que após meses na barriga de suas mães, ao romper a placenta, já estavam ligados e aptos a correr. Mas qual a razão para tanta pressa em estar de pé e correr? Fácil: predadores.

No mundo selvagem com tanta vida e variedade de bichos podemos afirmar e reafirmar aquela frase tão dita por nós: “filho chora e mãe não vê”
Lá é onde o bicho pega literalmente e, mal se nasce, já se foge.

Inevitavelmente eu faço um paralelo entre a realidade deles, os bichos da selva e nós, humanos da selva de pedras. A hostilidade que existe no ‘habitat’ dos animais tem basicamente dos motivos, alimento X território, essa equação tem como resultado a sobrevivência. Já no nosso caso, no nosso meio inteligente e racional é possível encontrarmos mais um elemento nessa equação, o sadismo.

Nós, humanos, que acreditamos erroneamente sermos o topo da pirâmide ambiental, ledo engano, nos tratamos no dia a dia com total irresponsabilidade e, muitas vezes até com perversidade. Somos a espécie que mata pelo simples prazer de ver sangrar um nosso igual,  somos do tipo que bola planos e ideias para justificar nossa tendência  à maldade e usamos de argumentos que passam sobretudo por religiosidade e doutrina colocando na conta de Deus ou de um Deus a ordem, ou autorização para sermos assim. É mole? É a tal da raça ruim que tanto escuto falar a anos.

Se eu pedir para me enviarem experiências onde foram objeto direto do ódio ou maldade alheio receberei um grande número de exemplos, pois, se tem uma coisa que todo mundo já passou na vida foi uma “trairagem”.
Eu mesmo tenho muitos fatos que vivi dentro dessa seara e, olha, foi duro me reerguer diante da maldade humana.

Feliz de quem superou, venceu e amadureceu após enfrentar a fúria selvagem de um animal chamado racional, o bicho homem, sorte de quem encontrou dentro ou até mesmo fora de si a força de correr como o faz os mamíferos recém-nascidos que precisam dessa agilidade instintiva para sobreviver aos golpes permanentes de seus predadores. Se você é um ou uma dessas pessoas iluminadas eu te aplaudo e convido a buscar ser luz na vida de quem você julgar precisar de afeto, de atenção. Dividir a experiência de maturação e crescimento, acolher quem ainda está coberto pelo medo comum na selva de pedra, ser exemplo mesmo que em silêncio, exemplo em atos e de fato.

Eu, vou chegar! Esse final de semana para mim, será de resguardo, quietinho, refletindo sobre a vida, fiquei assim depois dos 41 anos chegados mês passado. Mas, no geral, eu tô legal.

Um beijo, usem máscara, se amem para amar o outro no transbordar do abrir da boca.

Redação NES
Redação NES
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