A Festa Literária Internacional do Pelourinho (FLIPELÔ), que aconteceu de 9 a 13 de agosto no Centro Histórico, homenageou a famosa Mãe Stella de Oxóssi. Na ocasião, alguns artistas visuais produziram obras inspiradas em umas das maiores yalorixás do Brasil. Entre eles, Pablo Araújo, 20 anos, morador do Vale das Pedrinhas.
Pablo trabalha com a técnica lápis de cor sobre tela. A obra exposta traz a representação da líder religiosa fazendo relação com uma divindade das religiões africanas:
“Reverenciei Mãe Stella de Oxóssi de maneira realista e colorida, destacando sua conexão espiritual com Oxóssi através da figura ao lado. O degradê verde simboliza a ligação com a natureza e o orixá, ressaltando a importância da harmonia entre o humano e o divino. A proposta procura representar não apenas a figura icônica de Mãe Stella, mas também a espiritualidade e a força das tradições afro-brasileiras, promovendo a visibilidade e o respeito pela cultura e religião dela.Não posso deixar de expressar minha sincera gratidão a Mario Edson, proprietário do M.E. Ateliê da Fotografia, pelo convite que me proporcionou participar deste momento verdadeiramente incrível. Sua visão em reconhecer e valorizar a diversidade na arte é admirável e inspiradora.” explica.
A NES, Pablo falou sobre a experiência de ver seu trabalho exposto na importante feira literária:
“Superou todas as minhas expectativas. Vim de uma realidade onde a arte é um ato de resistência e ter a oportunidade de participar de uma roda de conversa ao lado de grandes artistas, foi uma verdadeira celebração da diversidade criativa”, descrevei o artista.
“A troca de ideias e perspectivas durante a roda de conversa foi um momento enriquecedor. Poder compartilhar meu percurso e ouvir as histórias dos outros artistas me inspirou profundamente. Essa experiência me lembrou que a arte tem o poder de quebrar barreiras e construir pontes, não importa de onde venhamos, além disso, essa experiência só fortaleceu minha determinação em continuar a criar, a inspirar e a explorar novas possibilidades no mundo da arte”, completou.
Ainda de acordo com o garoto, a participação na Flipelô foi a realização de um sonho:
“Deixar minha marca em uma festa internacional me fez perceber que a minha voz e a voz das comunidades das quais venho têm um lugar legítimo no cenário artístico. Foi um lembrete de que nossa origem é uma fonte inesgotável de inspiração, e essa experiência reforçou meu compromisso de continuar a elevar minhas raízes e minha arte para um público mais amplo”, vibra.
Para conhecer um pouco mais do trabalho de Pablo Araújo, o acompanhe pelo Instagram @pablo.ara_
