Menos de cinco meses após ser fechado, o gripário do Pau Miúdo, em Salvador, precisou ser reaberto nessa segunda-feira (11). O motivo foi o aumento na demanda de pacientes com sintomas gripais e de casos confirmados de covid na cidade. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), a capital tinha 918 casos ativos, em 11 de junho. Agora, exatamente um mês depois, são 2.341, o que representa aumento de 155% na quantidade de infectados após os festejos juninos.
Nessa segunda, as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) amanheceram com 19 pacientes com covid aguardando por uma transferência para hospitais, sendo duas crianças e 17 adultos. Do total de casos, 15 eram leves e precisavam de um leito clínico. Por enquanto, os gripários de Pirajá/ Santo Inácio, Paripe, Valéria e da ilha de Bom Jesus dos Passos seguem desativados.
Atrasados
Segundo as autoridades sanitárias, um dos fatores que levaram à disparada no número de casos de covid em Salvador é a baixa cobertura vacinal. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que 669.570 pessoas já poderiam ter tomado a dose de reforço, mas ainda não procuraram os postos. Há também 235 mil soteropolitanos que não tomaram a 2ª dose, e 34 mil que não tomaram sequer a 1ª dose.
Entre o público da 4ª dose são 429.428 atrasados. A 4ª dose está disponível para pessoas com 40 anos ou mais, que tomaram a 3ª dose há quatro meses, ou seja, até 13 de março de 2022.
A taxa de ocupação da Unidades de Terapia Intensiva (UTI) está em 71%, em Salvador. Entre as acomodações pediátricas o percentual é de 90%. Leitos clínicos apresentam 84% para adultos e 70% para crianças. Desde o início da pandemia, a cidade perdeu 8.274 vidas para complicações geradas pela covid-19.
Fonte: Correio*